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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O Conflito - pt 1




Por meados de agosto, mais um dia acordando por volta das 5:30 da madrugada, o mesmo sentimento, a tortura constante. Aquela sensação súbita de falta de ar, taquicardia. Seguro a vontade latente de chorar, de gritar. Como é péssimo ser acordado dessa forma, é tão cruel, tão desumano, muito pior do que ser acordado com um balde de água gelada em pleno inverno. E assim, essa mesma sensação se repetindo por vários e vários dias.

O que é isso ? É o corpo gritando, pedindo socorro, pedindo algo que já se foi, que não me pertence e nunca me pertenceu. É meu subconsciente se aproveitando do meu momento de indefesa e me apunhalando. Memórias vivas do que se foi, me fazem sentir, sonhar com você.

E na tentativa de uma catarse, crio (recrio) esse blog, apenas mais uma técnica para exteriorizar tudo o que sinto. Preciso falar, preciso colocar tudo isso para fora. Preciso me desintoxicar, mas não tem ninguém para me ouvir. Não, não quero falar sobre isso com mais ninguém, é massante, dá a impressão de ser patológico. Ninguém me entende completamente. Por mais que já tenham passado por isso, já não se lembram mais de como é. Afinal, por defesa, nosso cérebro ¨oculta¨ essas coisas.

Só quem está sentindo sabe como é. Como o sentimento nos torna patéticos, como perdemos a racionalidade, o controle da situação. Amar parece algo tão patético. Será que é isso o amor? Ou seria uma obsessão? Quem pode definir o amor? Quem pode sentir o amor em sua forma plena e recíproca? Não amor de filho, ou de mãe ou até mesmo de amigo. E sim o amor pelo outro, o amor que envolve sexo e cumplicidade. Intimidade.

Tem sido dias difíceis, e contarei por partes como tudo aconteceu, como fui parar nesta situação que prometi a mim mesmo nunca mais passar. E que você, já passou ou algum dia irá passar por isso, se tiver SORTE, sim SORTE, pois apesar de doloroso traz consigo algo bom. O que? Ainda não descobri, mas tenho convicção no que digo.